segunda-feira, 23 de maio de 2011

Eu sempre quero mais que ontem



Olá, amigos, tudo bom? Estou de volta depois de...11 dias, com um assunto relacionado aos erros que nós, aspirantes a escritores, podemos cometer - e tenho certeza que muitos de nós cometem. É o erro de se achar esperto demais. Não precisa ficar preocupado achando que pensar em algo muito elaborado para dar autenticidade a sua história é um erro. O problema de que estou falando é quando nós nos sentimos com o rei na barriga a ponto de acreditar que somos melhores que outros que estão tentando ser escritores, que somos melhores que os ficcionistas da atualidade, que nossos leitores são um bando de patetas. Uma coisa é ter auto-confiança; outra é passar disso e ser arrogante.
Para resumir, temos que nos pôr em nosso lugar.
Não acredite que os escitores de antigamente são melhores e que por isso você deve escrever como eles, e nem que os escritores estrangeiros são os "caras" e que você deve segui-los. Também não ache que por gostar dos que são mais famosos, clássicos ou refinados, você escreverá melhor do que aqueles que, na sua opinião, não são nada disso. Se um leitor em potencial encontrar seu texto e perceber nele a sua arrogância (eles sentem, pode crer), irá se sentir desencorajado por causa dela. Quem perde é você.  Bons escritores escrevem humildemente, pois sabem que são meros mortais. Não menospreze os leitores. Não se ache intelectualmente superior a eles. A verdadeira ficção não vem da cabeça, mas sim do coração.  O trabalho da ficção é penetrar bem fundo nas emoções humanas, e depois retratá-las... recriá-las... comovê-las. A grandeza da partilha de emoções é bem maior que a grandeza do QI.
Se você se considera bom demais - e pensa que o público é um povo ignorante -, é melhor reconsiderar suas atitudes. Quando os leitores perceberem que você faz pouco caso deles, passarão a odiá-lo por isso.
Pense da seguinte forma:
Você é esperto - que bom, que a Força esteja sempre com você. Mas para provar que é inteligente mesmo, um dos desafios é manter a atitude esnobe longe dos seus textos. Será que você consegue? Na verdade, nem é preciso ser tão inteligente assim para escrever ficção. Basta ser sensível e dedicado.
Para resumir este texto todo, lembre-se e anote:

  • Nunca menospreze seus leitores.
  • Não presuma que seus leitores são menos inteligentes que você.
  • Nunca despreze os trabalhos que já foram publicados.
  • Você se acha esperto o bastante para fazer boas histórias? Conversa fiada!
  • Desça à terra dos meros mortais! É onde os leitores estão.
Como diria a camisa de um amigo meu: Gentileza gera gentileza. Acaricie seus leitores com gentileza por meio dos seus textos, que eles retribuíram com elogios.
Até mais!

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