terça-feira, 29 de março de 2011

Só privilegiados têm o ouvido igual ao seu; eu possuo apenas o que Deus me deu


Por mais que você ame de paixão os livros do seu escritor favorito, saiba que ele não é um privilegiado. Meus escritores favoritos, por exemplo, tiveram vidas difíceis antes de terem seus primeiros livros publicados – sem mencionar que foram rejeitados um bocado de vezes. A verdade é que eles podem até ter nascido com o talento para as letras, mas se não tivessem se esforçado e não fossem disciplinados, dificilmente teriam a possibilidade de ter seu talento descoberto e admirado. E como é que esses caras conseguem escrevem tanto em tão pouco tempo? Eles vivem para escrever, não comem, não tomam banho, não têm vida social?
Não necessariamente.
Para você, leitor imaginário aspirante a escritor, aumentar sua produtividade precisa usar completamente o tempo dedicado à escrita escrevendo o que planejou. Nós separamos um tempinho na agenda só para escrever, não separamos?
(Posso ouvir os grilos aqui perto...)
Então, vamos a dez maneiras de aumentar nossa produtividade. (Lembrando que isso não é receita de bolo para ter livro publicado, nem para conseguir escrever um livro. Você poderá conseguir as duas coisas de outras maneiras. Aqui estão apenas sugestões para serem adaptadas aos métodos de cada um).



1 - Gerenciar o Tempo
Você tem que ter um tempo semanal para escrever. Avalie realisticamente por quanto tempo você pode se dar ao luxo de simplesmente escrever sem distrações. NÃO leia e NÃO pesquise nada. Esse é o tempo para a escrita puramente criativa. Mantenha esse horário o mais fervorosamente que você puder.

2  – Ler
Leia de tudo. Leia livros que você já leu e adorou. Leia livros horríveis (na sua opinião). Leia coisas que não combinam com você. Leia bulas de remédio, textos de outdoor, revistas de fofoca. Você rapidamente vai aprender o que deixa uma história ou um artigo memoráveis, e como reconhecer algo ruim.

3 – Planejar
Sempre tenha uma idéia básica do que você vai escrever antes de sentar para escrever. Pense nela quando estiver no ônibus indo pra casa. Pense no conflito que está por vir, enquanto estiver tomando banho. Discuta uma cena iminente no jantar (e se você estiver sozinho, conte a qualquer bichinho de estimação ou objeto inanimado das redondezas). Independente de como você organiza as coisas, na hora em que sentar para escrevê-las, a cena estará quase na sua cabeça. O bloqueio criativo não existe se você planejou a próxima parte da história.

4 – Prazo final

Arrume um prazo final realista, ainda que rígido, para você mesmo. Se você estiver escrevendo uma historinha curta, por exemplo, defina o seu prazo para o dia depois daquele em que você antecipar o término da pesquisa. (Confuso, né?) Nada de desculpas. Se você estiver escrevendo uma história mais longa, atente para suas próprias limitações, mas não fique protelando para sempre.

5 – Pressão
Esteja sob pressão. Ninguém cria um bom trabalho sob pressão, mas será suficiente para ter um rascunho completo, terminado. Aí você poderá revisá-lo e aperfeiçoá-lo. Determine um prazo, depois mande um e-mail para seus amigos e chame a sua família. Conte a eles sobre seu projeto. Conte a eles quando você quer terminá-lo. Depois, diga que eles devem chamar você (ou mandar um e-mail) nesse dia para ler o resultado. Se você não tiver completado a tarefa, eles estão autorizados a esculachá-lo e ridicularizá-lo até não poder mais. Isso é pressão! E também é a obrigação de dar conta. Pode ter certeza de que vai te motivar.

6 – Ideias
Mantenha um arquivo ou um bloco de notas de ideias que te ocorrerem. Leve-o sempre junto com você e anote tudo que parece interessante. Isso pode não se encaixar na sua história atual, mas pode inspirar alguma outra coisa mais pra frente.

7 - Multi-tarefa
 Trabalhe sempre em mais de um projeto. Parece até a maneira mais fácil de se distrair, mas funciona. A mente é uma criatura estranha. Se você iniciar três projetos ativamente de uma só vez, a qualquer momento ela se recusa a cooperar com uma situação do roteiro ou do personagem. Mude para a outra história, então.

8 – Editar
Nada de piedade aqui. Você tem um prazo, então corte suas amadas palavras até chegar ao essencial, onde a real história se esconde por baixo de toda a prosa florida. Certifique-se de que os olhos do personagem são da mesma cor do começo ao fim. Verifique se o roteiro faz algum sentido, e saiba quando jogar fora as palavras que você ama. Você pode colocá-las a qualquer momento em um “arquivo de idéias” e usá-las depois, por isso não se apavore.

9 – Enviar
Pra que escrever se você não vai mostrar o resultado para o olhar crítico de um completo estranho? Você precisa fazer um pequeno dever de casa, encontrar um público adequado para sua história e mandá-la para fora de casa. Não amanhã; agora. Está escrito, editado e arrumado, por isso não é bom deixá-la na última gaveta. Mande para uma editora também – uma editora com a qual o seu livro tenha a ver, é claro. Se for rejeitado, nada de tristeza. Envie de novo. Se o seu trabalho for bom, tenha certeza de que ele encontrará um espaço.


10 – Escrever mais
Como assim, só isso?! Pode crer. É bobo, mas é verdade. Desligue a televisão. Ponha as crianças na cama mais cedo. Levante da cama uma hora antes. Leve um gravador de bolso com você no carro. Rascunhe coisas no seu horário do almoço. Finja um problema de estômago e tranque-se no banheiro por uma hora (é por sua conta e risco!). Leve um bloco de nota para a cama em vez de um livro. Pare de navegar pela internet e abra um arquivo de texto.
Escreva mais.


E aí? Foi útil? Para mim, foi.

terça-feira, 22 de março de 2011

It's been a hard day's night, and I've been workin' like a dog


Em primeiro lugar, vamos tentar combater nosso desânimo. Quando as coisas não vão do jeito que queremos, nos perguntamos frequentemente o que nos faz pensar que podemos escrever. Inventamos desculpas para nós mesmos e cada vez mais sufocamos nosso esforço criativo. A verdade é que nada nesse mundo é fácil, e se pensamos que escrever era, só porque nossos livros favoritos parecem tão perfeitos, estivemos redondamente enganados.
Você precisa encarar o desafio, combater as incertezas dessa mente pessimista e eis aqui alguma munição.

Quando sua mente disser que você não é criativo o bastante para ser escritor...
Pense da seguinte forma: Desejo e criatividade geralmente vêm juntos. A criatividade está em você, se o seu desejo é mesmo escrever. Você é batalhador suficiente para ser um escritor? Ao ser criativo, você colocará para fora uma parte de si mesmo, e ela estará a mercê do mundo, sujeita a todo tipo de crítica. Outra parte sua vai ficar sempre falando: “Desse jeito, não! Desse jeito, não!”.
A verdade é que algumas pessoas nasceram pra escrever e outras nasceram pra ser críticas. Deixe que falem o que quiser do seu trabalho. Você fez a sua parte.

Quando sua mente disser que você deve escrever só quando tiver aprendido a fazer isso direito, senão estará apenas reforçando seus péssimos hábitos de escrita...
Saiba que: se for pra ficar esperando até escrever direito, então você nunca irá escrever. A opinião das pessoas sobre o que é uma escrita boa diverge bastante. Escrever é como aprender a andar de bicicleta. Você pode saber muita coisa sobre como fazer, mas se não montar na bicicleta, nunca vai dar uma pedalada sequer. Então, escreva toda vez que sentir vontade. Escreva agora!

Quando sua mente disser que você deve ter todo o projeto do livro elaborado antes de começar a escrever...
Saiba que: escrever antes de organizar o enredo da sua história é como passear no breu com uma lanterna. Em um terreno pouquíssimo conhecido, é claro. Você só pode ver até onde a luz alcança, e não vai ter muita certeza do lugar para onde está indo. Se você deixar passar a trilha certa enquanto estiver passeando, porque sua visão estava limitada, e pegar o caminho errado de volta à segurança, como fica? Alguns dos melhores passeios acontecem quando a pessoa se desvia da rota que tinha planejado em primeiro lugar.  Se sua escrita levar você a uma direção não planejada, cole nela. Pode ser sua inspiração combatendo aquelas vozes negativas pra você.

Quando sua mente disser que você tem que escrever corretamente; prosa, gramática, enredo, estilo, tudo correto, etc...
Lembre-se que: pensar que tudo deve ficar perfeito significa que você está editando e depois escrevendo. Assim, meu amigo, você não vai ter algo escrito nunca. Primeiro você escreve, depois você edita. Não ligue para o primeiro rascunho, ele não é um teste para avaliar sua qualidade como escritor.
Diminua suas expectativas. Diminua seus padrões normais. Permita-se a si mesmo escrever coisas capengas, coisas que você largaria no primeiro parágrafo. Você não precisa ter sempre um desempenho supremo na escrita. Um trabalho mediano, muitas vezes, irá satisfazer os seus objetivos. Mais tarde, você terá oportunidade para revisar e lustrar esse trabalho quantas vezes achar que deve. Relaxe: não se preocupe em ser perfeito; apenas consiga algo escrito. Você sempre pode editar depois.

Quando sua mente disser que você nunca será um “escritor”...
Lembre-se que: você não precisa que uma graduação, um ritual de passagem ou um momento dramático aconteçam para que possa chamar-se de “escritor”. Não é porque seus escritos não foram publicados que você é menos escritor. Assim, você está apenas transferindo a outras pessoas o poder de decidir quando surge sua autenticidade.
 É claro que um escritor publicado se sente legitimado e bem sucedido, mas muitos não se veem como muito mais do que eram antes de terem seus livros na livraria.

Se sua mente disser que quando o momento é certo, quando o planejamento está claro e quando você se sentir impulsionado, você vai escrever...
Repita para si mesmo até decorar: É preciso escrever todo dia. Escrever alguma coisa. Escrever qualquer coisa. Pra ser capaz de resolver uma prova complexa de matemática, você deve fazer exercícios dos mais simples aos mais complicados sempre que puder. Isso fixa o raciocínio na sua cabeça de tal forma que é quase como se ela passasse a resolver problemas automaticamente.
O mesmo acontece com escrever. Se você quer que seu lado escritor faça algo por você, você tem que exercitá-lo regularmente e torná-lo maior para que esteja forte quando for necessário.

Quando sua mente disser que você perde muito tempo pensando sobre o que vai escrever...
Lembre-se: você tem que pensar antes de poder escrever, senão sobre o que vai escrever? Para alguns escritores, a maior parte do trabalho, a parte que mais exige, não é aquela em que eles estão digitando o texto, mas sim aquela em que estão realizando outras atividades. Essas são as horas de pensar. Se eles não tiverem pensado sobre o texto antes de sentar para escrever, já se consideram atrasados, mesmo tendo começado a escrever na hora marcada.

Quando sua mente disser que a boa escrita só vem quando você está inspirado...
 Grite para si mesmo: a boa escrita também vem em momentos dolorosos. É preciso pensar bastante para fazê-la sair. Ela vem depois que se reescreve incontáveis vezes, e não apenas quando se está inspirado. Muitas vezes, a inspiração está diretamente ligada a prazos finais. Quanto mais tempo a pessoa tem, mais desculpas ela inventa. Quanto mais perto da hora crítica, mais o jorro criativo flui. Parece que todo o pessimismo vai embora quando o tempo está se esgotando, não é?


Ufa!! Espero que tenham gostado. Eu gostei bastante. Me lembrou coisas que estou sempre esquecendo. Guarde bem esses conselhos com você e boa escrita! Quando terminar o livro, deixa eu ler pelo menos um capítulo, hehe.

Alegria, Alegria


Olá, leitor imaginário, tudo certo!
Agora estou aqui para ajudar você e me ajudar. Como assim? Muitos, como você e eu, têm o sonho de se tornar escritor. Mesmo em um trabalho enfadonho, mesmo adiando a tentativa por vezes sem fim, bate aquele comichão de por uma ideia no papel, de desenvolvê-la. Às vezes, vemos uma situação curiosa e pensamos: e se acontecesse isso, depois isso e depois aquilo? E se em vez desse senhor idoso conversando com a caixa da farmácia e me atrasando houvesse uma senhora idosa e eu fosse um play boy impaciente? (Pensei nisso ontem...) Será que rolaria confusão? Como seria o bate-boca deles?  E aí, meu amigo, sentiu sua cabeça fervilhar de ideias? Você tem o que eu batizei de scriptophilia (em bom português, tesão pela escrita) – e nem o Google conhece essa palavra!
Mas infelizmente, nós não conseguimos organizar nossas ideias, desenvolver os personagens, as situações e pensar em um bom final, então desistimos. Perdi a conta de quantas vezes desisti, e não quero seguir com isso. Não quero que você desista de continuar tentando, por isso postarei aqui várias dicas valiosíssimas que tenho lido em livros pela Internet – abençoada Internet! Os textos estão originalmente em Inglês, vou ter que queimar a cuca para traduzi-los, porém não tem problema.
A maioria deles são americanos, se não me engano. Uma professora me disse recentemente que há um grande incentivo para novos escritores por lá, eles realmente acreditam que o ofício de escritor vem, principalmente, por saber dominar bem a técnica. É aquele velho papo de que você pode ter um talento extraordinário, mas se não aperfeiçoar a técnica, os métodos, não chegará a lugar nenhum. Se vai sair uma boa história ou não, é outra...história... Enquanto isso, as coisas no Brasil são muito romanceadas: a ideia geral é a de que a pessoa tem que nascer iluminada pelo talento divino de saber escrever. Se Deus não deu o talento, então deixa essa pessoa pra lá. Tudo bem, cada terra com sua crença e quem quiser que corra atrás. Vamos atrás, então, leitor imaginário.
Vou separar as dicas de acordo com os tipos de livros e textos que possuo. São elas:
  • Enredo (inclui diálogo, cenas, cenário, personagens, etc.)
  • Como ter ideias criativas.
  • Diálogos.
  • Cenários.
  • Erros dos aspirantes a escritores.
  • Como escrever fantasia e ficção científica.
  • Etc.

Mesmo que seus olhos tenham brilhado para um ou outro ponto, asseguro que todos eles são igualmente importantes. Descobriremos juntos como trabalhar com cada um. Vale dizer que serão apenas dicas, diretrizes, que de alguma forma te ajudarão, mas não é preciso segui-las à risca, religiosamente, se não sentir necessidade. Você pode adaptá-las da maneira que melhor lhe convir. De qualquer jeito, é importante saber as regras se quiser subvertê-las.
  Qualquer dúvida que surja na leitura dos textos, por favor, encaminhe. Ah, sim. Não há problema em ficar empolgado e querer saber mais o mais rápido possível, mas temos (eu tenho) que ir com calma nos textos que postar, afinal tradução não é só colocar no Google Tradutor, depois copiar e colar. Muitas vezes, ela dá uma rasteira e... mas que papo chato, né? Não lembro de mais nenhuma recomendação no momento, então vamos tocar essa bagaça.  

quinta-feira, 17 de março de 2011

Pra não dizer que não falei das flores...


Não tenho um nome para essa poesia - deve ser poesia...Sim, é poesia, sim. Não soa como sertanejo universitário, nem pagode, nem funk, então é poesia. Mas continuando, se fosse para dar um nome agora, no susto, eu chamaria de "O corpo". Misterioso, hein...

Meu coração,
ao conhecer teu sorriso e tuas covinhas,
pediu que minha mão
te descrevesse em várias linhas.
Ela rabiscou, rascunhou, escreveu
mas nenhum traço parecia com os teus.
Teus traços são cheios de travessuras,
Riscam da minha cabeça várias outras criaturas.
Meu olhar,
ao andar por teus contornos,
lançou meu ansiar
em caminhos sem retornos.
E a minha mão arriscou outra vez
te traduzir para rabiscos em português,
mas é tarefa ingrata tentar aprisionar
cada detalhe que parei pra admirar.
Minha garganta,
ao te ver por perto,
sente que minha voz se adianta
sem nem a boca eu ter aberto.
Por mais algum tempo, minha mão insistiu
até que conversou com minha mente e desistiu.
Chegou à conclusão assente
Que versos solitários não vão pra frente.
A mente havia dito, e até o coração concordaria,
que verdadeira poesia,
só o corpo todo escreveria.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Enchanté, messiuers et mesdames!


Bom, comecei... e isso é realmente um grande feito, visto que eu queria ter começado desde janeiro. Janeiro?, você pode se perguntar (se é que tem alguém aí “do outro lado da conexão”). Pois é, leitor imaginário, eu pensei em iniciar postagens aqui há dois meses, mas isso não aconteceu, porque queria que meu primeiro texto fosse algo bonito, inspirador, algo bem trabalhado até o pingo do último i. Bem se vê que não só a pressa é inimiga da perfeição; o excesso de preciosismo também.
Há alguns dias olhei para a página vazia deste blog (mas com uma figura de fundo bonita que só, vamos admitir) e pensei: Que droga, não vou enviar texto nenhum pra cá? Então, decidi largar as frases rebuscadas, os parágrafos que vão tentar fazer você chorar e escrever o que me viesse à cabeça. É melhor assim, não ir atrás de nenhuma joia literária e entregar textos espontâneos. Em alguns momentos, vão estar uma droga e vou me arrepender de tê-los enviado, mas também pode vir uma coisa boa. Ler muito tem que trazer uma ideia inspirada de vez em quando. Em uma comparação bem esdrúxula – e que vai fazer você me odiar ao chegar ao próximo ponto final -, ao alimentar nosso corpo, não só eliminamos excrementos, mas também nos abastecemos com energia para realizar aquelas atividades divertidas que tanto gostamos. Fiz você pensar em momentos desagradáveis no banheiro, né? Desculpa aí... Foi a primeira comparação que veio à cabeça.
Pulando para o que interessa, leitor imaginário, você deve estar se perguntando o que é afinal esse blog? Para o que ele serve? Leia o trecho do meu primeiro texto bonitinho e você vai ter uma ideia.

Em primeiro lugar, o que é “voar com palavras”?
Eu acredito que você já tenha uma excelente ideia do que seja, mas permita que eu explique do meu ponto de vista. Voar com palavras é embarcar e viajar por meio do desprendimento que as palavras conseguem promover, é alcançar o céu, desligar-se da realidade por alguns momentos. (Qualquer semelhança com certas substâncias proibidas é mera coincidência.) Eu embarco nesses voos desde criança, tanto como passageiro quanto como piloto, escrevendo historinhas aqui, outras ali. Como não podia deixar de ser, chegou uma hora que esse gostinho esporádico se transformou no sonho de me tornar um escritor.

Meu primeiro blog tinha esse nome: voandocompalavras.blogspot.... Lá eu postava alguns textos que tinha escrito e sobre os quais queria ter uma avaliação vinda de gente que eu não conhecia. É claro que também servia para me incentivar a continuar escrevendo, afinal a ideia de ter meus preciosos escritos na Internet era e sempre foi instigante. Logo, a proposta desse aqui é, sem tirar nem por, a mesma. Dançar com as letras é basicamente o mesmo, acredito eu.
Não espere aqui nenhuma grande peça da literatura contemporânea brasileira, assim como você não espera nenhum filmão nacional no Youtube, ou uma citação de grande valor universal no Twitter. Foi justamente por querer escrever textos grandiosos que me frustrei comigo mesmo e parei de postar no primeiro blog, e esse erro quase seria cometido aqui. Quero me divertir, me distrair com as palavras e se surgir algo digno de nota, será por acaso.
Agora que já deixei isso combinado entre mim e você, e entre mim e mim mesmo, pense em suas escolhas. Por que? Porque...

Coincidência ou não, falo de escolhas na apresentação daquele texto – acreditem se quiser eu não li aquele texto antes de elaborar a estrutura deste. Essa coincidência é sinal de alguma lição despontando no horizonte, luminosa, instrutiva e abrasadora? Não posso dizer assim tão cedo, mas o que posso dizer já está naquele “falecido” blog. “Decidi criar um blog para movimentar a mão, trabalhar as palavras, brincar com elas, não deixar o desejo morrer.” E por falar em morrer, não considero que o Voandocompalavras tenha mesmo morrido. Ele está aqui neste momento, seu sangue corre nas veias deste blog, como se fossem parentes,irmãos ou até pai e filho. Eu estarei voando com palavras enquanto as letras dançam e espero que você, se é que tem alguém aí, faça o mesmo.


Aquele texto é o texto de apresentação do voandocompalavras.blogspot.com. Dê uma passada lá e o leia na íntegra. Vai ser quase como ler esse aqui de novo.
Pois é, e vamos que vamos sem lógica nenhuma mesmo. Ou será que tem alguma lógica e não percebi?